Palavreando vou pela longa jornada da vida. Externando meu ser, eternizo meu viver, como se as palavras que se esvaem de minha convivência comigo possuíssem o poder de me definir, me reafirmar e lavrar minha escritura.
Os sentimentos ganham forma, cores. Os tons são buscados pela essência das almas que se encontram, enlaçando o momento que se almeja eternizado, a fim de fazer referência àquilo que já não é, mas que não se quer perecido e deseja-se enraizado.
Amando, permeando sentimentos em outrem, sem demarcação vivo o que não tem forma, sentindo o definido, indefinido sentimento definido, que não tem sentido se definido, somente se sentido.
É como Deus. Uma vez sentido, indescritivel belo encontro indefinível, pois se definível cai-se na tola descrição do sentimento indefinido, que não tem sentido se definido, somente se sentido. Sem sentido do raiar ao pôr-do-sol indiscrição sobre a descrição de um acontecimento corriqueiro e eivado de subsistência.
Se penso, logo existo, sinto, logo escrevo, na compreensão do incompreensível, sentimento indefinível, decifrando o indecifrável, revelando o inevitável, sem estragar a essência, abominando a discrepância, para falar de tolerância, reafirmando o que se é, sendo, permanecendo, vivendo, no enlace da vida que nos cerca, para que dancemos na ciranda da vida, no ritmo dos acordes angelicais, desde o raiar do sol até a luz da lua.
12 de outubro de 2008
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Obrigado por me incentivar a escrita! Você é dom de Deus na minha vida! ;)