27 de agosto de 2012

É como um eterno buscar.
Pois desaprendeu a viver vivendo.
Vagueia,
passeia,
nos infinitos das razões.
Vai à caça proeminente,
olhos de águia,
coração de rocha.
Sequestra as emoções,
financia razões alheias.
Sabatina maturidades,
recolhe vaidades,
fantasia orgulhos.
Ajunta dossiês e mais dossiês,
de vergonhas inadmitidas.
E, ao deitar, confessa-se:
a saudade ainda supera tudo isso.
E das vontades de ponto final,
nascem vírgulas maturadas
no doce amargo da espera,
com cobertura de confiança.
Cuida passarinho,
cuida.
Vai que dá tempo,
se esconder do inverno.
Vai, alça vôo no verão de tuas passagens.
Passando estão os teus,
levanta o vôo dos prevenidos.
Não espera não, passarinho,
aguenta firme.
Vai voando que um dia,
um dia passarinho,
um dia,
um dia.

Um brinde

Uma taça.
Só mais um gole, por favor.
A espera alcança.
O que a memória, por zelo, deixou.
Caiu, ruiu.
Voltou em branco e preto.
Flash's de memórias póstumas,
Vivas em mim.
Ou no que desejo.
Seria apego a uma idéia,
Ou seria amor de verdade?
Saberás tu, saberei eu,
Se deveras admitir:
Que tu sem mim,
O tu e o eu,
eu sem mim,
o mim e o teu,
vivos em nós.

10 de agosto de 2012

Eu disse que te esperava.
Tô “perando”.
Tá ouvindo?
Tô esperando...
...
Será que demora?
Ou será que você esperaria por mim?