27 de outubro de 2008

Esse tal Jesus...

Lucas 17,6 "Disse o Senhor 'Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoeira: arranca-te e transplanta-te no mar' e ela vos obedecerá".
Já quis ser igual, normal a tudo a e a todos. Já aceitei, já quis que me aceitassem e, para isso, fui o que não sou.
Já tive fé pela metade. Desenganos me enganavam.
E de engano em tormento, para tanto tornei-me outra que não eu.
Escurracei-me de mim. Meu ser mandou-me embora.
A vagar pelo mundo encontrei-me.
Excomungada e desesperançosa. Deserdada de minhas consequências.
E na inconsequência almejei voltar ao pó.
Foi quando um tal jesus me encontrou.
Olhou-me com um olhar de Pai.
E dentro desse olhar acreditei que eu para mim poderia voltar.
E amar retornei a acreditar. E no amor voltei a amar.
Foi ai que uma tal Maria, como filha ao colo me afagou.
E meu amargurado coração em ternura tornou-se brando.
E em candura e doçura minha alma se desfez.
Onde ao Pai me aponta a todos os instantes.
E nessa ciranda de discórdias, me senti amada, protegida, e porquanto, minha vida desanda em pranto, meu coração em semente se refaz. Como grão de mostarda que planta bela se transforma, quão belo é o cuidado de Jesus, e quão formoso é o zelo de Maria, minha guia, por minha pobre alma, rica em fé e esperança, nas concórdias e promessas do Pai.

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