A fé é uma quebra de paradigmas. Em especial, é fundamentalmente embasada em consertos de erros pelo artesão maior, que foi Jesus, quando nós seguíamos ensinamentos cegos, opostos ao ser humano e por ele mesmo impostos.
Jesus curou em um sábado, fez renascer uma mulher encurvada. Ensinou-nos que todo dia é dia de seguir a Luz, proclamar a vida e lutar por ela, livrando-nos das hipocrisias do cumprimento de regras inférteis.
A vida tem que fazer sentido. Só sentindo o sentido da vida é que conseguimos rumar em direção ao que nos faz feliz, ao que realmente importa, ao que vale a pena se sacrificar, até a última gota de suor, de sangue. Jesus só deixou-se viver pelo destino da cruz porque acreditava no Pai, e sabia que aquela passagem trazia sentido ao que Ele havia vivido em toda a sua vida. Se Jesus não houvesse buscado no ventre de Maria, nas Bodas de Caná, no olhar de Maria Madalena, na discórdia da cura em um sábado o sentido de sua vinda à terra como efetivamente parte dos milagres cotidianos da salvação, o mistério da Trindade Santa não seria difundido e seríamos ainda mais cegos guiando cegos. Ora, se com todos os sacrifícios, em nossas falhas insistimos em ritos estéreis, quanto mais sem Jesus.
Sigo a Luz. Ao que não tem forma. Ao que não tem sentido e traz sentido. Ao que me mostra milagres diários sem imposições e me diz 'Filha, obediência é uma coisa. Acomodação é outra, não sedes acomodada às tuas seguranças, pois tua segurança há de ser Aquele que tu anuncia.' Lembre-se: se não tivéssemos a coragem de ir além do 'Pai Nosso' não teríamos igreja.
Lucas 6,12-19 "A multidão toda procurava tocar em Jesus, porque uma força saía dele, e curava a todos. " Procure tocar Jesus, todos os dias. Quebre paradigmas.
Foto: Pintura de São Francisco de Assis.