Filipenses 2:5-8 "Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus. Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz."
Eu que não sei quase nada de Deus.
Eu que sou tão infiel.
Eu que não O procuro, eu que não O escuto.
Li outro dia a seguinte frase: "Não fale de mim, fale comigo. Não fale de Deus, fale com Ele." Esse pequeno pensamento, tão simples, me arrematou grande emoção. Quantas vezes me pego a escrever sobre Deus, falar sobre Deus, levar pessoas a Deus, me ocupo tanto com meus afazeres para Ele que esqueço, por longos momentos, de conversar e saber o que Ele acha de tudo isso, da minha vida, das minhas ações, minhas emoções...
Me pego tentando fazer aquilo que Deus faria, penso Nele, mas não converso com Ele. Diante do Santíssimo me sinto constrangida, como se houvesse algo entre Nós, e limito-me a reclamações, súplicas e agradecimentos... Este final de semana tive uma experiência impressionante. Como cega, apalpei o rosto de meu amado, que se deixou aproximar. Abaixou-se e veio ao meu encontro, à minha frente a me admirar, eu em minha vergonha o apalpei a face, com lágrimas de emoção, como se o encontrasse pela primeira vez... Me deixei amar, me deixei transformar. Senti meus alicerces sendo reformados, em alguns aspectos reconstruídos, pois a construção antiga estava comprometida. Meu lar, após abertas as janelas da alma encontrava-se deteriorado pelo que sou, onde Deus me convidou gentilmente a ser amada por Ele, a me deixar transformar por Ele, onde Ele próprio seria o financiador de toda a obra, sem cobranças posteriores. Minha única participação seria acreditar. Acreditar Nele, em sua Sacralidade, ou seja, ter fé. A Mãe, atenta a todos os passos e presente em todos os momentos veio em meu auxílio, a me embalar como recém-nascido, ao saber de minhas fraquezas e perguntas, sem interpelações, a me acolher em Seus braços com muito carinho, onde eu, desprendida de vergonhas, amparada em aflições, escoimada de pudores, impreguinada de amores me deixei ser amada, amparada...
E eu, que não sei quase nada de Deus, que não sei amá-lo em verdade, deixei-me amar, para que, sendo amada, possa um dia vir a alcançar a graça de amá-lo em completude.. ou, se não, tento a façanha diária do querer mesmo sem poder, nem que seja para viver tentando...
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