18 de dezembro de 2008

Aurora bordejante

Gosto de me aventurar, desbravar meus próprios caminhos. Desvendar os mistérios da vida, quebrar os paradigmas impostos em carcaças de conceitos para preconceitos. A vida é assim, dia sim dia não, sem nenhum tostão, mas não deixo que ela me leve, eu levo a minha vida. Se deixo a vida me levar, não estou a ser sincera comigo, tampouco me dignaria à atitudes eivadas de sabedoria Divina, extrapolada de perdão e misericórdia para comigo.
Me interponho às minhas seguranças, digo não às minhas certezas, outrora sabidas inabaláveis, porém possuem frestas nunca antes encontradas, por onde entrou a luz do fim do túnel, antes impercepitível por uma vida frenética de inquisições.
Negando o que não sou, promulgando nova Constituição de mim, desde a aurora borboleando vem meu novo ser, de asas cristalinas de verdade, anseando em seu vôo de renascimento nova vida, que não foi traçada, tampouco lançada à propria sorte, mas sim zelada por um Deus imenso e cheio de amor, transpassada no coração de uma Virgem de voz de mel e um menino que não é chorão, e sim risonho e de coração humanamente divinal... Bordejando ao sabor da Trindade Santa, transpondo todas as expectativas por mim impostas para mim, intercalando prantos e alegrias, agonias e vitórias, amor, amor.. amor!
Não gosto muito quando as pessoas querem me aliviar o prazer que tenho de aprender comigo mesma, meus erros e acertos... Me sinto invadida por injunções indiscretas e impositoras de dever ser, agindo em mim forçadamente, com consequências desastrosas... Impondo em meu ser aquilo que vêem, e normalmente não sou. Prefiro que me ajudem a formar meu caráter, pedindo de mim aquilo que posso dar-lhes, sem exigências pautadas em regras pré-estabelecidas, não, nunca! Mas por presentes sinceros de almas disponíveis a transpor quaisquer tipo de circunstâncias formais e informais, aprendendo, além, muito além! Pessoas que me ajudem a ser mais humana, escoimadas de impertinências... Almas alheias a qualquer tipo de conceito, abundante de graças! Muitas graças! E que na solidão meu coração bata forte, bem forte, porque essa pessoa existe para que eu console o coração do meu Amado através dela. E que, somente sua existência, seja motivo de alegria para meu coração... ou não...
Sempre existirão os ladrões. Dia sim dia não eu serei uma deles... Resguardo-me diariamente de minhas condutas insanas, para que, no costume, não se esvaia de mim o que eu mais quero ser do que sou...
Entre tantos outrossim, aos meus olhos a luz de um novo dia, o nascer de uma nova manhã, com gostinho de futuro, plantado outrora na semente do presente...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado por me incentivar a escrita! Você é dom de Deus na minha vida! ;)