Por fim, passei meus dias a pensar o que seria vaidade em meu coração. Subsistiria a razão ao medo? Existiria somente razão? Vaidade, vento que passa, se dissipa no tempo, junto com as ansiedades em tempo de dor. O essencial, invisível as felicidades, o imaturo visível ao sofrimento.
Escolhidas as razões a enfrentar: escolhido o sentimento a extirpar. Vaidade, já dizia o Eclesiastes, tudo é vaidade e vento que passa no universo de minhas incertezas... Certo ponto, já sabido vencido a tempos. Certo instante de limitações extranguladas até a extinção. Certa fronteira, avançada as pressas, em detrimento ao silêncio interior alcançado como o alpinista rumo ao cume da montanha. Olhos fixos no alvo, certeiro aventureiro desbravando o caminho da felicidade: a floresta é desconhecida. Sabe-se dos mistérios, quer-se desvendá-los. Mas, haveria razão ainda de ser mistério se descoberto? Subsistiria então. Vaidade, plena vaidade, de se saber conhecida em plenitude de consequências.
Vaidade, de desejar sentir até a última consequência do pensamento.
Vaidade, de angustiar-me em premeditar o sentimento.
Vaidade, de controlar o coração, até no inesperado.
Consolo, na Divindade permeada de motivos de existência, metas alcançáveis e palpáveis.
Amor real, mas tão real, que chega a doer.
Encontrei-a, porquanto não sei usá-la: essa tal felicidade, como a controlarei? Vaidade das vaidades... Tudo é vaidade e tempo que passa debaixo do sol... Assim, decidi por lembrar-me nos dias de hoje, Daquele que me geriu no passado, me salva no presente, e providenciará meu futuro. Pois Dele hei de me gloriar em minha juventude, a fim Dele lembrar-Se de mim quando o sol não mais se pôr aos meus dias...
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