Olhar a vida.
Passar na vida.
Ser na vida.
É quando o que de mim aflora sofre a demora das decisões repensadas, reflexões desconformes ao ser infantil, coisa de adulto.
Alcançar o entendimento da graça silenciosa do pensar.
Abraçar o infinito dos meus pensamentos antigos, explorar seus espaços vazios, preenchê-los com meu presente vivente, desdobrá-los em sussurros ao vento, como palavras extraídas de pensamentos acertados, num quebra-cabeças lógico e inequívoco, por muito mal compreendido.
Chorar, chorar e chorar, pela graça do entendimento pretérito da graça remanejada ao futuro.
Sorrir, sorrir e sorrir, pela preterição de saber-se escolhida.
Agradecer uma vez, e mais, pelo nada, pelo tudo, que faz, desfaz e faz outra vez frente aos olhos.
Descompor defeitos, coração congelado no ser aprimorado e feliz, até o próximo desafio.
Desfazer conceitos, do novo interposto tempestivamente, na intempestividade de minhas acomodações, no desfalecer de minhas vergonhas.
Restar, viver as virtudes da sanidade aprimorada pelas belezas da criação pretérita de meu viver pensante, edificado nas ruínas do que hei de vencer.
Presentear, ao Doador da vida que emana de seu lado aberto, comunhão consanguínea de dor e amor, de filiação, com a carne viva do meu corpo, a sentir e ressentir as dores, os amores, amadurecimento de minhas consequências... Na guerra e na paz, sem mudar o que faz saber-me no rumo certo da vida desejada por todos os viventes: eternidade.
Olhar a vida.
Passar na vida.
Ser na vida.
Te Trago flores, nascidas do jardim dos atos meus.
Aquilo que é, já existia, e aquilo que há de ser, já existiu; Deus chama de novo o que passou. Eclesiastes 3, 15.
Te Trago flores, nascidas do jardim dos atos meus.
Aquilo que é, já existia, e aquilo que há de ser, já existiu; Deus chama de novo o que passou. Eclesiastes 3, 15.
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