Saber recolher no horizonte o profano e diviniza-lo, humanizando as experiências e transformando em doação, de vida, de respostas.
Compor versos, alados e soltos, bordejantes e desejosos de sair da condição de silêncio, imposta pelos erros que os amarravam em prantos.
Correr os montes, saltar aos montes! Percorrer as estradas verdejantes e suntuosas da vida, recolhendo a matéria prima a ser trabalhada, modelada.
Compor canções que falem de amor e de saudade, em tons azuis, primariamente escolhidos em detidos detalhes de alegria amarela.
Compor vida, que fale de gente, de pés descalços, em solo santo, santificado pelo sangue, suor e lágrimas de quem nos precedeu.
Compor saudade, de sacrários vivos, de vontade de gente que é santa por natureza, provindo da vontade que emana dos seus corações de acertar, mesmo errando de vez por quando.
Compor vocação, provinda de um ruah, que emana das almas que conjugam um verbo uníssono, imutável e real, mas tão real, que é sensível sem ser palpável. Os olhos não viram, o coração jamais imaginou, os bens amados provindos de corações alegres e despojados em Deus, na graça, vida que vem e não passa.
Certos de onde chegar em futuro que virá, nem distante, nem próximo, nem quando, nem portanto... Futuro vindouro de mãos eternizadas, sacramentado nas vivências, tão distantes do Perfeito, tão próximas ao Eterno. Futuro, que dele não se sabe, mas Nele se espera, na certeza da sempre vida de nossas vidas, que se enlaçaram para não mais soltar-se, na suntuária humanização das nossas vivências, sacramento vivo do Eterno.
De um Luiz, que se desprendeu, de um Carvalho que se estendeu e deu sombra a quem de cansaço não sabia mais amar!
De vocações despertadas de almas cansadas, que renovadas se tornaram nas vivências de uma eternidade antecipada...
Aos corações valentes, por ser gente, que sabe amar!
Agradecimentos
Não há o que vá sem nada deixar
Não há o que ame sem se importar
Não há o que estenda uma mão, sem dar perdão
Não há o Divino sem o humano
Pois é em nossa humanidade que o Amor proporciona a graça
É na carne viva do meu corpo que minha alma se realiza.
É nos braços abertos do meu coração que te digo: muito obrigado por ser meu acompanhador, meu amigo.
Doador de vida, de alma, amor que se desdobra na graça de se pertencer eternamente, em laços perfeitos de amizade, prescrita nas estrelas de um céu azul anil.
Cântico Novo/Vocacional 2009 - Comunidade Recado - Fortaleza - Ceará.
Carlinha,
ResponderExcluirLiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiindo! Indescritivelmente emocionante! Mais emocionante ainda é perceber que todas essas palavras são fruto da experiência com Deus e com a Vocação, nossa Vocação, nossa Alegria Amarela e nosso Louvor Verde.
Obrigada por seu dom e sua sensiblidade em escrever o que tantas vezes não conseguimos expressar em palavras, mas que fica impregnado nas teias da alma.
Obrigada!