5 de dezembro de 2009

A lágrima

O sal da minha lágrima renova as esperanças que tenho de uma vida tranquila e sã. Me relembram que sou capaz de aceitar as consequências de minhas limitações e superá-las, com criatividade na vida. As frustrações de alcançar o que posso e não consigo me assombram, porquanto vida de outras vidas alcançam a minha de forma indesejável e descontrolada.
Frustração. Palavra de dificil pronúncia, ao menos pra mim, que tenho língua presa e me perco nos "r's" da vida. Simples conjugação, afinal frustrar-se é a lei geral, olha em volta. Vivemos esperando o amanhã, sem compreender que o hoje é nosso bem maior, tão belamente denominado presente. Sabemos, mas não assumimos a verdade que hoje posso mudar o mundo, começando pela louça de casa. E continuo a confabular meu amanhã, com tantos planos, tantas verdades que preciso viver, tantas coisas a realizar, tantos sonhos para acontecer. Confabulo, me perco e me encanto com as maravilhosas promessas de um futuro bom e por pouco me esqueço do que devo hoje fazer para que o amanhã um dia chegue.
Frustração. Que me rouba o sonho, que me desespera a esperança, que desfaz os planos e os torna enganos, e turva o olhar com pranto, que escorre na face e cai por terra. De repente, uma lágrima atravessa sorrateiramente o rosto, por caminho pensado, traçado, batalhado a cada centímetro da face e encontra os lábios. Seu sabor é indescritível. Sua intenção salvífica. E seu perseverar me asseguram: é hora de continuar, alçar vôo a outros campos, assumir ser você.

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