16 de março de 2009

Cacho de uvas

Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra. Atos dos Apóstolos 1:8
Olhos nos olhos, o sorriso é largo. Os dentes faltaram, mas a visão não alcança o essencial. Várias pessoas, tantas historias pra contar, tantas vidas a revelar, tantas almas a salvar. Deus tinha um propósito, Ele sempre tem. Nunca imaginei que receberia tamanha graça das mãos de meu Amado, que não fosse algo dado a mim. Nessa hora, desses momentos de profunda doação daquilo que não tenho posse, do que não é meu, sinto uma enorme cachoeira formar-se dentro de mim, onde a fonte que jorra a água, o centro de tudo é Cristo. Somente então compreendi o verdadeiro sentido de Cristo morar em mim, em um lar tão desapropriado a seus costumes. Consequentemente, descobri aonde devo ir para encontrá-lo, de tão distante, tão próximo se fez de mim pro amor, por amor. Não, não eram eles os pequeninos. Se fazer de alimento, se fazer de água a quem tem sede e não sabe mais o caminho para a fonte. E se sentir feliz, regozijar-se na salvação alheia, no entendimento do desentendido, no desenrolar dos nós. A corda que outrora era curta estendeu-se e o coração enfim entendeu o devaneio absoluto e imutável da crença no profundo que por amor se torna transparente e belo, como um lindo amanhecer depois de grande tempestade. O barquinho corre por águas mais tranquilas, amanheceu. É dia de misericórdia!

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