1 de outubro de 2010

Meu Deus, eu escolho o Tudo!

A pequenez das coisas, das pessoas. Afinal, quem nota ou notaria uma pequena pessoa? Desapercebidos são os pequenos, escondem-se na grandeza de seus corações. Pequenos em atos, pequenos em gestos, mas nem por isso menores em virtudes, verso. Os pequenos nunca desejaram a grandeza, e por muito a alcançam, contudo de tão pequenos se fizeram que somente serão reconhecidos em si quando não mais estão entre nós. Oculta alma encontrada na grandiosa sensatez Divina. Linha tênue de ser em torpor, como decisão na liberalidade da vida. Marasmos e acometimentos, sensações e divisões: a alma se enfurece com a razão, vistas as constantes afrontas provadas na insensatez de outrora. Chegada é a hora da reviravolta, ou mostro quem sou ou quem fui. Acometeu-se o tempo das vistas, revistas, a vida virou livro aberto.
É assim, vez por outra é assim: os riscos de ser conhecido nos trazem as responsabilidades de nossas escolhas. Todas elas nos tornam carcereiros de nossas promessas. Já dizia São Paulo, prisioneiro sou do Amor, parafraseado por diversos, muitos ansiosos cativos que de tanto amar choram os desterros de suas almas. Restou por fim a consciência, perdida nos intentos de Teus olhos, Santos e Castos por natureza, que de absorta extraviou-se, desavisada e emaranhada nas confusões de nosso olhar. Por muito, esquecemos que o Amor que não é Amado não condena quem não o Ama, mas sobrevive de perdão.
Perdemo-nos na liberdade de nossos intensos questionamentos e esquecemos da voluntariedade de nosso aprisionamento: o que nos torna Amor é a liberdade da escolha de não estar, e ficar mesmo assim. Além, permanecer como oferenda de agradável odor e presença, sem ostentar grandiosidade ou preterimento, ao contrário: são os doentes que precisam de médico, não os sadios. Se fico, tenho ciência de que longe não sou inteira e sim metade, não o contrário. Se me permito cativar me condeno a conjugar a Vida com a minha morte. Se me permito ao cativeiro do Amor, o vou em inteiro, não em metades, pois há o dia em que ou me aparto ou parto... Há o dia de dizer: sou o Sentido, e o busco aqui, não mais em coerências proclamadas pelas indecisões da razão. Meu Deus... eu escolho o Tudo!

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Obrigado por me incentivar a escrita! Você é dom de Deus na minha vida! ;)