3 de fevereiro de 2009

Shangri-lá

Como partir se não sei mais ir?
Reaprendi a ter medo de tudo, como poderia abster-me de mim, esvaziar-me do que sou e desejei ser outrora?
O que é palpavel me abraça aos prantos, porquanto o insoluto me espera ansioso..
Minha Shangri-lá esconde tesouros de ser e estar, o coração anseia o mais alto posto da razão, como não querer?
Amar sempre me foi muito dificil. Aliás, demonstrar meu amor. Amo, mas não demonstro cotidianamente. Sempre fui de ação, emoção zero, e Deus me mostra a todos os momentos que chegou a hora de romper essas barreiras do meu coração. Meu mundo místico de maravilhas, fé e felicidades plenas e absolutas somente poderá rodear meus sonhos se eu me dispor a abandonar meus amáveis e afavéis pecadinhos de brincadeira para alcançar a mim mesma, ao que sou de verdade...
Dizem que a verdade liberta, e somente justifica-se aquilo que no coração não se sente verdade. Acredito piamente neste conceito. Não gosto de justificar atitudes, porquanto tento ao máximo escoimar minhas falhas para parecer sem defeitos, é onde estou a aprisionar-me na mentira... Muitas vezes tenho que ser o que não sou para ser pela verdade do outro, que para mim é mentira. Nisso, me enlaço na dança do devaneio alheio, lhe dando acordes melodiosos, quando sua canção verdadeira é pobre e, ao invés de ajuda-lo a compor nova melodia, me lanbuzo na lama de seu pecado junto com ele...
Estranho jeito de ser humano, de estabelecer conceitos, encurtar razões, esconder emoções, estragar multidões. A cada dia mais um se diz católico não praticante, e poderia eu ser soldado de batalha sem me alistar ao exército? Somente quem exercita seu dever pode considerar-se ser o que é de verdade... Assim penso eu. Filho de Deus todos somos, que mal há de se assumir sua condição de fraqueza: não vou a missa por preguiça, e pronto, fica mais fácil. Temos que começar a ter consiencia de que meu pecado é meu, não posso invocar uma nova condição de dever ser simplesmente por minha frágil condição humana...
A benção da obediência inunda meu ser ultimamente, tudo o faço em obediencia a Deus e a Mãe Dele... De mais, enquanto não entendo o que compreendo, sigo tentando compreender o que não entendo, desanimando, animando, desistindo por um minuto e no próximo voltando pois esqueço que não sei mais seguir quem não tem palavras de vida eterna...

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