11 de abril de 2017
Um tiro de pedra é a distância. Um tiro, uma pedra. Inteligência aqui, cabe não moço. Sempre recorri todo o meu intelecto em busca de respostas, mas envelhecer tá difícil. As infâncias mal resolvidas são insistentes em meu querer e sentir. As adolescências de insones são insolentes em perturbar a pacificadora estância atual. A paisagem é cotidiana, à deriva da rotina, a mim sempre pareceu invulgar. Rotina, segurança, sempre buscando o para sempre. Meus pés imóveis, como que colados em um mesmo lugar, repentinamente anseiam outras paisagens, e meu ser brinca de ver outras vistas. Sente cheiros, angaria motivos, como se precisasse: outra vida, outros interesses, não seus, nunca seus, constantemente encontram motivos de encontrar teu olhar, unicamente. E como uma cega, tateio teus arredores e mendigo as migalhas de teu amor jogado a mim, em pequenas porções de companhia, cega companhia, insone companhia, companhia.
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Obrigado por me incentivar a escrita! Você é dom de Deus na minha vida! ;)