“Mais um uísque, por favor”.
Acho essa frase célebre.
Demonstra poder, atitude, comando.
Nos desmandos de meu entender.
Jogo o jogo, entro com todas as fichas.
Encaro, dou risada.
Faço de santa, sendo.
Exploro as naturalidades.
Engano as vergonhas.
Exponho a alma.
Espano o coração.
Faxina completa nos sentimentos,
Deixando as correntes para trás.
Paraliso, fico estática frente a teu olhar.
Desnuda, permaneço no encanto de teus galanteios, e permito, permitindo-me.
E, de repente, entendo: não há jogo algum.
Não há fichas, apostas, mas almas, corpos, desejos, muitos, todos!
Sensibilidades sem governo...
Sensibilidades sem governo...
Rendo-me, por fim.
Entregando-me, me entrego.
Adentra, ó amor meu, e ocupa o lugar que é teu.
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