11 de novembro de 2010

Obrigada!


Um dia incomum e normalmente triste, por sua representatividade em minha história. Um dia insípido, confuso, ao qual faço questão de abster-me do mundo e privá-lo de minha indigestão. Um dia como tantos, um dia como nenhum. Um dia.
Um dia em que abri-me aos meus, aos seus olhares, as minhas fraquezas, aos altares. Um dia em que percebi tamanha predileção e rispidez de meus sentimentos comigo, privando-me da abertura sincera ao Coração de Jesus. Um dia.
Um dia como tantos outros nove dias passados, em anos passados, em tempos passados, em conjugação pretérita imperfeita, à luz do melhor e bom pessimismo futuro. E porque não transmutá-lo, transfigurá-lo em O dia? O dia da reviravolta, sem revolta, no envolto de tantos véus escuros? E foi assim... ñão como ver o mar, mas como ver o próprio Cristo. Aliás, se não o vi, não sei o que vi então...
Se aquele ostensório de metro e meio assim que adentrei a Igreja, de tão imponentemente simples, de adorado e venerado por faces por terra...
Se aquele menino velho que de caduco se perde na vista das linhas das palavras mas é certo e certeiro enveredando nas linhas do evangelho vivido desde a juventude, em homilia livre de composições acessórias...
Se pelo não primeiro e sim seguido permitindo-me a comunhão perfeita em corpo e sangue com meu Cristo, partilhando de sua mesa, literalmente à sua direita, no melhor lugar...
Se pelo chamado à adorá-lo e simplesmente louvá-lo por sua beleza, por sua graça, por suas maravilhas, por seu Ser...
Se pela Maria que me abordonou para afetuosamente dizer-me que eu seja feliz pois já chegou o dia da graça e chegarão ainda mais...
Se pelo "Senhor, eu sei que tu me sondas" depois de andar alguns quarteirões à caminha de "casa"...
Se pelo, por fim, entendimento de ser a Samaritana leprosa do Evangelho, que modestamente e sem saber, até então, voltou para agradecer pela graça alcançada a quatro anos atrás, e, por fim, entender Cristo a me dizer: "sua mãe está no Céu sim, eu só precisava do seu abraço".
Por isso escrevo, por isso vivo. Esse dia que em tudo me foi consolo, até no que não o foi. E por isso agradeço a cada um, tendo rezado ou não, acreditando ou não, pois sei que fazem parte da minha vida, e sei que ficarão felizes com a minha felicidade hoje.
A graça alcançada precisa ser bendita, e bendigo o dom da vida de cada um, que é graça na minha vida, por me permitir a abertura ao mundo.

E esse é meu jeito de dizer: Obrigada!!!

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Obrigado por me incentivar a escrita! Você é dom de Deus na minha vida! ;)