18 de abril de 2010

Mais do mesmo

Me pergunto sempre porque não consigo desenvolver meus pensamentos, desenrolar meus sentimentos quando estou feliz. Verdadeiramente, até meus escritos mais primorosos, repletos de nuances alegres são extraídos de um coração machucado. É, tenho atração pela dor. Sinto-me mais sensível ao palpável sentir-me amedrontada, acuada pelo que em mim não tem nome, virou sentimento.
Foi ai que percebi: reajo com meu dom quando nada mais em mim tem vida. Retiro do fim o recomeço. Abro janelas, se as portas emperraram e não consigo olhar de frente para o sol, de braços abertos, a rodopiar... Se a chuva cai mansa, e o horizonte turvo não me deixa ver as esperanças trazidas pelo vento que vem do norte, opto pela calma da espera. Opto por rir, por ser feliz. Opto, sobretudo, por ser.
Aprendi na Verdade que Ser significa muito mais do que aparências: vai além dos meus atos, das minhas consequências. Aprendi, sobretudo, a não mais considerar o outro por suas incomrpeensões, ir além dos erros ou acertos: balancear as atitudes, sábias aprendizes da felicidade, deixando aflorar do coração o verdadeiro sentimento. 
Coisa boa isso, deixar sair de mim a alegria que emana de um coração vivente, por saber-se ser quem se é! Viver as virtudes de uma entrega, saber as demoras da espera, e mesmo assim esperar, na esperança  do amor enraizado no ser, que virou vida...

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Obrigado por me incentivar a escrita! Você é dom de Deus na minha vida! ;)