20 de março de 2011

Nostalgie..

Nostalgie.
Busco interesses. Recuso ligações. Os temores tomam forma, a mesma forma que eu rezava para que não atingissem. Pena, a maioridade independende da vontade dos pais em não querer que os filhos cresçam. Meu querer em pouco interveio, afinal, de que vale deter o crescimento da grama no jardim? Ela sempre cresce, a poda é que fica menos ou mais intensa ao longo das estações ou da desenvolta preguiça.
Sinto-me como uma egoísta, avarenta, aquelas que sempre quer ter vantagem sobre tudo. Ao mesmo passo em que esse desejo encontra-se intrínseco e passou, como um mal presságio. De novo, só existe dentro de mim.
Acho que os poetas sofrem mais. Os artistas são natos desarranjadores das evidências. Sensíveis por completo, se tornam visíveis intocáveis para evitar a mágoa do transtorno certo da decisão incerta. De fato, em brincadeira de gato e rato hora eles ficam face a face. E continuam a desmentir o caso ao acaso, sobrepondo reticências ao que grita por finais, não como decisão de uma vida inteira, pois a vida é sempre infinitamente maior, e carece de resultados finais para novos começos.
Acontecendo, acontece. E passa graça, passa oportunidade. Passa amor, passa. Tudo passa. E a nostálgica lembrança de que no passado tudo se resolveu passando, e até isso passou. Que bom! Vai passar, vai passar, eu sei. É tudo que eu sei.
E até isso passa.

"Além do mais quem busca nunca é indeciso..."

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