28 de fevereiro de 2011

Fascínio

O que me fascina em Jesus é esse poder que Ele tem de atravessar gerações, destruir distâncias, encurtar caminhos, como quem caminha de manhã à beira do mar, sem nada esperar. Olhá-lo me faz reavivar os desejos mais sinceros de uma alma. Traz a bondade aos meus olhos, salta à pupila o desejo de verdade, de respirar e expirar sinceridade em cada centelha dos meus dias.

O que me fascina em ser cristão é esse poder conferido de resgatar uma vida despretenciosamente, somente preocupando-se em estender a mão, a fé que, mesmo pouca, dá pra todo mundo. Jesus sempre multiplicando peixes de alegria desdobrada em simplesmente estarmos vivos e dispostos a viver, mesmo nos vacilos. Essa graça derramada cotidianamente, nas sobrevidas que restaram pelos confetes no chão. A festa passa, o holoforte se apaga. A única luz a reluzir será a interior, que somente eu terei o poder de apagá-la ou fazê-la iluminar, em cima da mesa ou debaixo dela.

Em tudo, vemos que se não temos amor, de nada vale, de nada temos a esperar, em nada temos a depositar esperanças, sonhos... Em nada. Mas, basta um olhar para reacender o que em mim espera.

Cotidiano. Estamos eu e meu Deus, que cuida de mim, como Pai atento a todas as necessidades. Vejo que minhas eivas tem importância sim, se as utilizo de matéria para alavancar a mudança que preciso ver acontecer em mim, na sincera continuidade da minha oração.

8 de fevereiro de 2011

Bem mais

Meu Deus, me cura de ser grande.. me faz uma eterna aprendiz de teus encantos, encontros, a viver de nostalgias, labor dos poetas...
Me cura desses conceitos instintivamente criados pela falsa sapiência das razões precedentes.
Te peço, me cura do medo do novo, dos sentimentos que em mim nunca afluiram.
Me cura dessa terrível meticulosidade sobre todas as coisas, em todas as coisas, por todas as coisas.
Me traz a beleza da infância, retoma meus pensamentos ao principio da esperança, na criação dos sentimentos, em sua essência prima.
A pureza em seu diamante bruto, nas encostas das cavernas, de descobertas inintelegíveis.
Me cura esse insistir em antigo, esse desalento ao novo ser, o apego ao que em Ti não vigora.
O vento sopra.
Mais que vejo, sinto.
Mais que insisto, permito.
Mais que pelejo, me deixo.
Mais que perdão, amor.
Por fim, compreendo.
Mais que amo, sou...